Perto de encerrarmos as gravações de depoimentos para o longa-metragem 23.11.1967: Documentos do Caso Clodimar Pedrosa Lô, já faz alguns dias que me dedico quase que totalmente a edição do filme. Já passamos de 20 horas seguidas de edição (de um total previsto de 60 horas), que está a cargo de José Francisco Jimenez, e o primeiro corte do filme superou as 4 horas de duração. Vendo essa primeira versão do filme dá pra perceber como temos um material riquíssimo coletado nestes últimos 2 meses, sem contar dezenas de arquivos contendo fotos, manchetes de jornais da época e documentos preciosos sobre o caso.
Concluída esta primeira versão - o primeiro corte do filme, como chamamos - passo a me dedicar exclusiva e dolorosamente a cortar, cortar, cortar e cortar. Quem pertence ao mundo do cinema, seja como editor, diretor, produtor ou outra função, sabe que para um realizador, cortar seu próprio filme é como cortar um pedaço do próprio corpo. Tanto trabalho e chega então o momento de cortar, deixar aquilo que foi feito com extremo cuidado para um segundo momento, concentrar-se em lapidar somente o que o público verá nos cinemas. Meus colegas sabem do que estou falando.
A versão final que o público verá nos cinemas terá entre 70 e 80 minutos no máximo. É o corte final, a versão lapidada, o supra sumo de meses de trabalho. Aquele primeiro corte de mais de 4 horas vai acabar ganhando uma pequena lapidação para talvez 3 quase 4 horas. É o filme com todos os momentos especiais que somos obrigados a deixar para trás, e que acaba se tornando a "versão do diretor" para um posterior lançamento em DVD.
A previsão de término desse corte final de até 80 minutos é início de novembro, porém, o filme ainda não estará pronto, porque entre novembro de 2010 e fevereiro de 2011 acontece a última etapa do processo de produção de um filme: o som. E o som de 23.11.1967 ficou nas mãos do pessoal da Jacarandá Áudio, também coprodutores do filme. Uma etapa trabalhosa e extensa que envolve o tratamento de ruídos de todo o som do filme, composição da trilha sonora, gravação desta e posterior mixagem de tudo. A expectativa é que em fevereiro mesmo já tenhamos uma data exata para o lançamento nos cinemas em Maringá, que deverá acontecer em março pelo Cinesystem Cinemas. Agora é só aguardar, 6 meses passam voando, principalmente para quem está produzindo e vendo o tempo se esgotar.
Enquanto isso, em novembro, provavelmente na primeira quinzena, será lançado o livro escrito por Miguel Fernando - Sala dos Suplícios - Dossiê do Caso Clodimar Pedrosa Lô - em evento para empresários, patrocinadores e imprensa na ACIM. Eu já vi a capa do livro e ficou excelente, cortesia da Sol Propaganda. Neste mesmo evento, lançaremos o trailer oficial do filme, o mesmo que também poderá ser visto nos cinemas a partir de fevereiro de 2011. O cartaz oficial (cuja foto foi produzida pelo fotógrafo maringaense Bulla Jr e cujo design está sob a responsabilidade de Diego Bana) também será apresentado na ocasião e a partir de janeiro ou fevereiro poderá ser visto no foyer do Cinesystem Cinemas. Diante de tudo isso, só tenho uma coisa a dizer: Até muito breve, meus amigos!
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