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quinta-feira, 29 de julho de 2010

"Produção em ritmo acelerado"

A produção do documentário em longa-metragem 23.11.1967: Documentos do Caso Clodimar Pedrosa Lô continua em ritmo acelerado desde que começamos a capturar em vídeo os primeiros depoimentos das pessoas envolvidas direta ou indiretamente com o assassinato do menino Clodimar.

Já passaram pelo estúdio da TV Cidade e pelas lentes deste diretor aqui o senhor Oésio de Araújo Pedrosa, tio de Clodimar, e personagem vital nesta história, o Dr. Eli Pereira Diniz, advogado que, aos 26 anos, defendeu Sebastião Pedrosa Lô, pai de Clodimar, nos tribunais de Maringá, quando este passou a responder pelo assassinato de Attílio Farris, gerente do Palace Hotel, e a prima de Clodimar, Olinda Rosa dos Santos, que em 1967 tinha somente 5 anos, mas que cresceu sob o peso do crime ocorrido contra Clodimar.

Olinda, por sinal, foi a grande surpresa deste trabalho. Ela mora atualmente na cidade de Toulouse, na França e soube do projeto através da internet, e como sua vinda ao Brasil já estava programada para este mês, Olinda contactou o produtor Miguel Fernando e eu. Seu depoimento, emocionante, foi gravado na última sexta-feira.

Os próximos que falarão a respeito do caso Clodimar serão Messias Mendes, Walter Poppi e Moracy Jacques, jornalistas que, direta ou indiretamente, também acompanharam o desenrolar do caso Clodimar e o julgamento de Sebastião Pedrosa Lô.

O ex-governador do Paraná na época - Paulo Pimentel - também já foi contactado. Acreditamos que em breve poderemos registrar suas lembranças sobre o fatídico episódio que significou um divisor de águas na história da polícia de Maringá.

Nossa espectativa de lançar o filme e o livro "Sala dos Suplícios" em novembro deste ano continua, mas ainda nenhum empresário maringaense sinalizou interesse em patrocinar esta iniciativa que visa preservar parte da história de Maringá e levar este episódio, ocorrido há mais de 40 anos, às novas gerações que a desconhecem. Estamos aguardando. Forte abraço a todos. Em breve mais notícias.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

"O Diário publica matéria sobre 23.11.1967"

Saiu hoje, na capa do Caderno D+, matéria assinada pelo jornalista Fábio Massali sobre a produção do documentário em longa-metragem "23.11.1967: Documentos do Caso Clodimar Pedrosa Lô". Quem quiser se inteirar mais sobre o projeto e sobre os fatos pode acessar a página on line do O Diário do Norte do Paraná, no link a seguir http://www.odiario.com/dmais/noticia/318444/documentario-resgata-historia-de-garoto-morto-pela-policia.html.

O projeto, como anunciado anteriormente, é uma produção da Gato na Árvore Filmes com a TV Cidade, tem roteiro, produção e direção de Eliton Oliveira, produção e pesquisa histórica do escritor Miguel Fernando (também responsável pelo livro "Sala dos Suplícios" que ainda será lançado) e do jornalista Fernando Betteti, da TV Cidade. Em breve mais notícias sobre o andamento da produção. Os produtores buscam os empresários que tenham interesse em preservar a história de Maringá através deste documentário. O orçamento que precisa ser arrecadado é de apenas R$ 10 mil, e o empresário que se associar ao projeto, torna-se Co-Produtor do mesmo.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

"Primeiro longa da Gato na Árvore Filmes em produção"

A trágica e visceral história do menino Clodimar Pedrosa Lô me fascina desde a época em que eu produzi meu curta A Garota da Loja de Livros, em 2006. Foi nessa ocasião em que tomei conhecimento do que realmente havia acontecido há 40 anos em Maringá e passei a investigar, ouvir e pesquisar todos os pormenores detalhes desta história. E quanto mais eu ouvia mais boquiaberto eu ficava. A história de Clodimar era fascinante, era trágica, era cinematográfica. E como roteirista e diretor de cinema eu queria contar aquela história, levá-las às telas de cinema, mostrar ao público quem tinha sido aquele menino de 15 anos, por que ele morreu, quem o matou, e por que essa história é tão real e atual.

A partir de entrevistas com pessoas que viveram aqueles trágicos acontecimentos de novembro de 1967 e os acontecimentos que vieram logo depois, surgiu o roteiro do longa-metragem "Novembro Negro". Um projeto fantástico inspirado em tudo que aconteceu ao menino Clodimar Pedrosa Lô, de sua infância no interior do Ceará até a sua morte em Maringá. Um projeto fantástico, difícil, audacioso e caro (quase R$ 3 milhões para que ele seja levado às telas da maneira como eu imagino). Mas enquanto Novembro Negro continua na gaveta sendo apenas um roteiro, apenas um projeto e um sonho, algo mais real e plausível está ganhando vida, alma e corpo. O documentário em longa-metragem 23.11.1967: Documentos do Caso Clodimar Pedrosa Lô.

O projeto desse documentário surgiu de algumas conversas com o escritor maringaense Miguel Fernando, idealizador do projeto Maringá Histórica (http://maringahistorica.blogspot.com/) e profissional responsável pelo Departamento de Eventos da ACIM. Ele chegou até mim quando soube que existia um roteiro cinematográfico sobre o caso Clodimar (o Novembro Negro). Miguel já estava trabalhando em um livro sobre a história por trás deste aclamado Santo Popular e, acredito que juntos, mergulhamos profundamente nesta história, nos depoimentos verídicos e em todos os pormenores que não haviam se perdido no tempo. Enquanto Novembro Negro não pudesse ser produzido, tínhamos em mente um documentário que pudesse reunir em vídeo todos os depoimentos que ouvimos. Todas aquelas vozes precisavam ser registradas e ouvidas por todos, não apenas por nós dois. Miguel partiu para a confecção de seu livro "Sala dos Suplícios", um registro em detalhes da vida da família Lô, suas origens, sua vinda para Maringá, o crime que chocou uma cidade e o desfecho de uma mirabolante história nos tribunais maringaenses. Um trabalho genial que custou muito suor, pesquisa, meses e meses de muito trabalho. Um trabalho, que, enfim, fazia jus à memória de Clodimar e de sua família, e à própria história da cidade de Maringá.


Na foto (da esquerda para a direita):

Nina, Clodimar (então com cerca de 10 anos), Francisco, Dona Toninha e Sebastião Pedrosa Lô.


Depois de quase dois anos perambulando com o projeto do documentário 23.11.1967: Documentos do Caso Clodimar Pedrosa Lô por Maringá, com negativas aqui e ali, como em tantos outros projetos, eis que vimos (Miguel e eu) uma luz no fim do túnel: a TV Cidade, sob a direção de Fernando Beteti. Depois de alguns encontros e muita discussão sobre o projeto, demos o "start" para oficialmente começarmos a produção deste trabalho, um longa-metragem com aproximadamente 70 minutos de duração que reunirá dezenas de depoimentos de pessoas próximas e de pessoas que tenham algo a esclarecer sobre o caso Clodimar. Um trabalho de suma importância para preservar esses depoimentos antes que se percam para sempre, um trabalho que irá esclarecer e elucidar quem foi esse menino e o que aconteceu na noite do dia 23 de Novembro de 1967 e nos anos que se seguiram a sua morte.

O longa-documentário terá em seus 70 minutos de duração, além de importantíssimos depoimentos, vídeos da época que mostravam o dia-a-dia da cidade de Maringá, fotos e ilustrações em hiper-realismo que levará o público a visualizar fatos que ocorreram e que, logicamente, não foram presenciados nem documentados, como a tortura infligida contra Clodimar na noite do dia 23 de Novembro. O trabalho de registro dos primerios depoimentos começa nesta sexta-feira dia 16.07 nos estúdios da TV Cidade, co-produtora do projeto. Os storyboards das ilustrações estão sendo feitas pelo desenhista maringaense Vinícius Machado e serão passadas posteriormente para a também desenhista Ghiza Rocha, de Florianópolis, que produzirá as ilustrações em hiper-realismo que entrarão no filme. A produção do longa está nas mãos de Miguel Fernando, Fernando Beteti e nas minhas, assim como a direção.

Os objetivos com 23.11.1967 são muitos. O primeiro de todos, mostrar ao grande público a história de Clodimar. É fato que a maioria absoluta da população de Maringá desconhece o que aconteceu há mais de 40 anos, cabendo somente aos pioneiros as lembranças daquele fatídico novembro. Este filme, assim como o livro de Miguel Fernando, está sendo realizado para as novas gerações, para as bibliotecas e escolas, não só de Maringá mas de todo o Paraná. Com o término da pós-produção do filme, partiremos para exibições públicas, parcerias com cinemas, inscrição nos festivais de cinema Brasil afora. Quarenta e tantos anos depois do assassinato do menino Clodimar, preciosos detalhes virão à tona em um trabalho definitivo e de qualidade. Aguardem!